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Canoas terá Centros Humanitários de Acolhimento em parceria com o Sistema Fecomércio-RS

Porto Alegre e Canoas terão Centros Humanitários de Acolhimento em parceria com o Sistema Fecomércio-RS

Termo de cooperação para viabilizar estruturas foi assinado nesta sexta (31)

Mais uma etapa para a construção dos Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) foi concretizada na manhã desta sexta-feira (31/5). Com a assinatura de termo de cooperação entre o governo do Estado e o Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, a entrega dos espaços está mais próxima. A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.

A parceria foi firmada em evento no Centro Administrativo de Contingência (CAC), em Porto Alegre, com a presença do governador Eduardo Leite, do vice-governador Gabriel Souza, do presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS), Luis Carlos Bohn, de secretários de Estado e de representantes da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O Sistema Fecomércio financiará a contratação da empresa que fornecerá as estruturas temporárias para os cinco centros que serão instalados na Região Metropolitana – três em Porto Alegre e dois em Canoas. A empresa fará também a instalação e manutenção das estruturas.

O investimento viabilizará, também, a gestão dos espaços, que ficará sob a responsabilidade da OIM, integrante da rede da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Com muita alegria, recebi o telefonema do presidente Bohn, dizendo que a Fecomércio e o Sistema S estão dispostos a assumir o custo. A parceria vai viabilizar um atendimento humanizado e digno, com atenção, serviços e espaços qualificados. E a OIM ajudará, com a sua expertise, na gestão dos espaços”, afirmou Leite.

“A parceria vai viabilizar um atendimento humanizado e digno, com atenção, serviços e espaços qualificados”, destacou Leite – Foto: Lauro Alves/Secom
O vice-governador conduz as discussões sobre o tema. Desde o início da concepção do projeto, Gabriel tem dialogado com organizações do mundo inteiro e buscado as experiências mais rápidas e eficazes para oferecer como alternativa aos abrigos temporários – que têm atualmente menos de 40 mil pessoas, mas chegaram a acolher mais de 80 mil.

“Estamos trazendo para o Rio Grande do Sul o que há de melhor no mundo para administrar esses espaços, porque a OIM é a líder da ONU para abrigos, sendo a entidade mais preparada para realizar a gestão. Isso só está sendo possível graças ao apoio da Fecomércio. Será um investimento vultoso, em favor da humanidade”, destacou Gabriel.

Bohn explicou como o Sistema Fecomércio tomou a decisão de cooperar com o projeto. “O governador destacou a importância do acolhimento adequado dessas pessoas. E como o Sesc tem uma função social, entendemos que é hora de estarmos todos juntos”, disse.

“A parceria vai possibilitar e agilizar o estabelecimento dos centros. Serão espaços qualificados para que possamos acolher e atender às pessoas da melhor forma possível”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel.

Acompanharam a assinatura do termo os secretários de Obras Públicas, Izabel Matte; de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Fabricio Peruchin; e de Comunicação, Tânia Moreira.

Projeto

Os cinco espaços terão capacidade para acolher, no total, até 3.840 pessoas. Quatro receberão estrutura completa, e um deles, estrutura complementar. No caso desse último, serão instaladas casas modulares enviadas pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur), sendo preciso apenas acrescentar algumas estruturas de uso coletivo.

Em Canoas, os CHAs serão montados no Centro Olímpico Municipal, que deve receber de 800 a mil pessoas, e na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), com capacidade para abrigar até 740 indivíduos.

Em Porto Alegre, as estruturas serão estabelecidas no Complexo Cultural Porto Seco, com capacidade para 550 pessoas;  no Centro de Eventos Ervino Besson, também com capacidade para 550; e no Centro Vida, que deve atender de 800 a mil pessoas.

As estruturas temporárias abrangerão os seguintes espaços: administração; almoxarifado; atendimento médico – posto de saúde; brinquedoteca; espaços para animais de estimação; chuveiros/banheiros; cozinha; dormitórios; espaço multiuso – TV e computadores; fraldário/amamentação/berçário; lavanderia; refeitório; staff; triagem e assistência social.

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